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Os benefícios desconhecidos dos OGM na saúde do solo

A riqueza das nações vem da fertilidade dos solos. Se der um passeio de lazer pelo campo, verá se os solos são bons ou não apenas pelo tamanho e qualidade dos edifícios e dos carros que os seus proprietários conduzem.

Um solo fértil é uma terra abundante em micróbios, contém matéria orgânica e forma um minúsculo ecossistema, invisível aos nossos olhos por ser pequeno demais. No entanto, o ecossistema do solo retém e recicla os nutrientes que fertilizam as plantas que, por sua vez, nutrem a vida animal, incluindo as pessoas. A vida como a conhecemos não seria possível sem os solos.

Mas, o que é bom para as culturas é bom para as ervas daninhas e é aí que os problemas começam. As ervas daninhas competem por nutrientes com as culturas, roubando-lhes o alimento. Todos os anos, as ervas daninhas consomem nutrientes suficientes para alimentar mil milhões de pessoas em todo o mundo. Por isso, é claro que os agricultores têm que se livrar das ervas daninhas. O problema é que isso é mais fácil dizer do que fazer.

Ao longo dos anos, nada foi mais eficaz do que arar o solo para destruir as ervas daninhas. Mas o solo não permanece lavrado durante muito tempo. A sua matéria orgânica é queimada e a sua capacidade de conter nutrientes é destruída. Até recentemente, o controlo das ervas daninhas era um “pau de dois bicos”- com frequência, os agricultores tinham de escolher entre a colheita e o solo.

De fato, o Fundo Mundial para a Vida Selvagem diz que, nos últimos 150 anos, metade do solo mundial já desapareceu. Por outras palavras, temos vivido num tempo que não nos pertence, que nos foi emprestado, a menos que os alimentos possam ser produzidos de maneira diferente. A combinação de culturas GM [geneticamente modificadas] e herbicidas surgiu há 20 anos, tornando mais fácil desenvolver uma agricultura de conservação que protege o solo.

A premissa é simples. O solo já não é arado para o controlo das ervas daninhas. Em vez disso, usam-se máquinas que  fazem um pequeno buraco no chão e aí colocam uma semente. A colheita começa a crescer entre as ervas daninhas. A cultura foi criada para resistir a certos tipos de herbicidas, mas o agricultor pode adicionar o herbicida e matar as ervas daninhas sem prejudicar a colheita. Como bónus, as ervas daninhas são deixadas para trás e agem como um cobertor que protege o solo dos efeitos erosivos da chuva intensa.

Esta nova combinação de culturas GM e herbicidas teve um efeito profundo na agricultura. Por um lado, os agricultores já não precisam de comprar combustível fóssil para tratores que lavram o solo; por outro, o solo não sofre erosão. Além disso, os produtos químicos atuais são muito menos tóxicos do que os do século passado e são usados ​​em menores quantidades. É uma vitória para os agricultores e para o meio ambiente. Mais desafios estão por vir na busca pela proteção do solo. Mas antes que possamos dizer, verdadeiramente, que o solo é seguro e que nosso futuro está garantido, é necessário utilizar mais as culturas geneticamente modificadas na agricultura de conservação.

Este artigo foi escrito por Dr. Wayne Parrott para a revista norte-americana Medium e para a plataforma GMO answers. O Dr. Wayne Parrott formou-se em agronomia pela Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, e fez mestrado e doutorado em Melhoramento de Plantas e Genética de Plantas na Universidade de Wisconsin-Madison, também nos EUA. Mais tarde, juntou ao corpo docente da Universidade da Geórgia, onde tem feito investigação sobre o desenvolvimento, utilização e segurança de culturas transgénicas (isto é, GM) e culturas produzidas com a aplicação de tecnologias de edição de genoma, usando verbas do USDA-NIFA, NSF, DOE e United Soybean Board.

 

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