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E se pudéssemos comer batatas fritas mais saudáveis?

Investigadores de uma empresa francesa estão a usar a edição de genomas para reduzir a acumulação de um tipo de açúcar na batata e, desse modo, minimizar os efeitos prejudiciais do seu processamento. No futuro, talvez possamos comer batatas fritas sem culpa.

A batata é um dos principais alimentos básicos em muitos países em desenvolvimento. O seu papel na diminuição da escassez alimentar, da desnutrição e da pobreza é de tal maneira importante que as Nações Unidas declararam 2008 como o Ano Internacional da Batata. Se a produção da batata aumentasse, os benefícios seriam enormes e edição de genomas pode ajudar.

Inúmeras investigações estão a ser feitas com base nesta tecnologia porque já provou ter resultados mais eficientes do que as técnicas tradicionais de melhoramento de plantas. As ferramentas de edição de genomas permitem alterar com uma alta precisão partes individuais do código genético, obtendo essencialmente o mesmo resultado que o tradicional melhoramento de plantas com mutações espontâneas decorrentes.

Em 2015, os investigadores da biofarmacêutica francesa Cellectis editaram plantas de batata, usando a ferramenta de edição de genoma TALEN para reduzir a acumulação de certos tipos de açúcar. Após o armazenamento a frio, esses açucares fazem com que as batatas processadas se tornam castanhas e de sabor amargo, com níveis elevados de acrilamida - um potencial agente causador de cancro. Para prevenir este efeito, os investigadores fizeram uma edição da planta direcionada, bastante precisa, para bloquear um gene específico. Resultado: as batatas da planta editada não tinham uma quantidade detetável de açúcares indesejados e quando fritas apresentavam níveis reduzidos de acrilamida. Do que se conclui que, no futuro, a edição de genomas pode tornar as batatas fritas ainda mais apetecíveis.

Mais informação nesta ficha técnica da EuropaBio.


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