Comércio e Aprovações

Ruanda testa batata GM resistente a pragas

À semelhança de outros países da África Oriental, o Ruanda deverá começar a produzir a batata Victoria, uma variedade irlandesa geneticamente modificada para resistir a pragas e doenças. A lei que rege os organismos geneticamente modificados foi promulgada no ano passado, mas ainda está para ser aprovada.

Os agricultores ruandeses estão ansiosos para que a lei que rege os organismos geneticamente modificados (OGM) seja aprovada para poderem, finalmente, produzir a batata Victoria. Desenvolvida pelo Centro Internacional de Batata, é uma variedade irlandesa e foi geneticamente modificada (GM) para ser resistente a pragas e doenças.

Tendo sido alvo de um amplo escrutínio público em 2018, esta tecnologia vai permitir menores perdas nas colheitas, aumentar a produção e mais rendimento. Em declarações aos associados da Associação Africana de Batata, em Kigali, o diretor-Geral do Conselho de Agricultura do Ruanda (RAB), Patrick Karangwa, disse “que o País irá experimentar esta variedade de batata, porque provou ser resistente à praga tardia”, uma doença destrutiva da batata, conhecida localmente como 'Imvura'. 

“Essa variedade de batata resistente a doenças, desenvolvida por meio de modificação genética, traz muitos benefícios para os agricultores, pois reduz os custos incorridos com as pulverizações de pesticidas. Além disso, diminuirá os efeitos nocivos que os pesticidas causam ao meio ambiente", acrescentou Patrick Karangwa.

Afirmações confirmadas pelos investigadores que desenvolveram a batata Victoria, os quais garantiram que a adoção de culturas GM ajudaria a aumentar a produção e a proteger os agricultores contra perdas decorrentes de doenças. Eric Magembe, biólogo molecular do Centro Internacional de Batata, na África Subsaariana, afirmou que “as batatas geneticamente modificadas podem produzir cerca de 40 toneladas por hectare, em comparação com cerca de 10 a 12 toneladas para a variedade convencional, além de que esta exige várias pulverizações com pesticidas”. 

Segundo Magembe, os resultados são claramente positivos: “Verificamos que com esta batata GM produzimos mais 68% de lucros. E as qualidades como o sabor e o valor nutricional são as mesmas em comparação com a variedade convencional. De diferente tem apenas a capacidade de resistir a doenças.”

O Ruanda iniciou no ano passado a promulgação da lei que rege os organismos geneticamente modificados (OGM), mas ainda não foi aprovada.

 

    
 


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